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sexta-feira, 22 de maio de 2015

DE GRAÇA EU VOU - Mostra “Achtung! Filmes de Berlim” de graça no Cine Brasília

A mostra Achtung! Filmes de Berlim ocupa o Cine Brasília de 26 a 31 de maio, com entrada franca. Os curadores Sebastian Brose e Hajo Schäfer (Achtung Berlin – New Berlin Film Award) selecionaram sete longas-metragens, seis deles são inéditos em Brasília. O público terá acesso a produções de Berlim, dos últimos cinco anos, que têm a cidade como personagem.

A Invisível.
Não há outra cidade na Europa que tenha se transformado de maneira tão dinâmica nos últimos 20 anos quanto a capital da Alemanha. A repentina queda do Muro, em novembro de 1989, desencadeou um veloz processo de urbanização. Isso se refletiu também no cinema. A cada ano são produzidos mais de 300 filmes na região de Berlim-Brandemburgo, um local que oferece, de maneira singular, uma coexistência de produções de alto orçamento, com uma cena artística de baixo custo e que serve de incubadora para inovações de forma e de conteúdo.

Oh Boy.
A programação da mostra reflete este amplo leque e apresenta filmes com enredos ambientados em diversos contextos urbanos, com variados estilos e tendências, de diretores consagrados. Inclui de produções patrocinadas a estreantes que realizaram seus filmes por meio de crowdfunding. Na abertura, o premiado Oh Boy (2012), de Jan-Ole Gerster, traz a crônica de um dia e uma noite da vida do jovem Niko pelas ruas de Berlim. Logo após a exibição do filme, a Embaixada da Alemanha oferecerá coquetel aos convidados.

Jack.
Ainda entre os destaques da mostra estão o mais recente Jack (2014), de Edward Berger, aclamado na Berlinale do ano passado; Acima do Peso (2011), de Axel Ranisch, representando o movimento Berlin Mumblecore (filmes independentes), que conquistou o público e a crítica na Alemanha e Corra se puder (2010), de Dietrich Brüggemann, diretor do premiado filme 14 Estações de Maria, lançado no Brasil recentemente.
Sinopses dos filmes:
Oh Boy (Oh Boy)
Direção: Jan Ole Gerster, 90 min, 2012, comédia
CI: 12 anos
Niko Fischer leva a vida à toa. Largou seus estudos de direito. Vagueia pelas ruas de Berlim, observa perplexo as pessoas da cidade e se deixa levar. Naquele dia, tudo muda: o pai suspende a mesada, o relacionamento com a namorada fracassa, um psicólogo lhe tira a carteira de habilitação, um vizinho desabafa com ele suas agruras e começa a chorar, uma conhecida dos distantes tempos de escola lhe passa uma cantada e, em um bar, um homem idoso lhe conta sobre uma ocorrência traumática na infância. No final, o velho morre, e Niko, talvez pela primeira vez, demonstra algum envolvimento e senso de responsabilidade. Finalmente chegara a hora de ele se tornar adulto. Oh Boy, conta em episódios as turbulentas 24 horas na vida de um jovem, no fim das quais nada mais será como antes.

A gatinha esquisita (Das merkwürdige Kätzchen)
Direção: Ramon Zürcher, 72 min, 2013, comédia dramática
CI: livre
Karin e Simon visitam seus pais e sua irmã Clara. Para a noite, planeja-se um jantar com todos, para o qual foram convidados também outros membros da família. Durante os preparativos, a vida em família parece transcorrer de modo inteiramente trivial: o cunhado conserta a máquina de lavar, a filha faz uma lista de compras, a mãe prepara a comida, dois animais domésticos vagueiam pelo apartamento. Apesar disso, a atmosfera está carregada de agressividade subliminar. Ninguém no círculo familiar parece realmente feliz, a mãe sobretudo. Mas a desarmonia latente jamais vem à tona de fato.

Acima do peso (Dicke Mädchen)
Direção: Axel Ranisch, 77 min, 2011, comédia dramática
CI: livre
Sven vive com a mãe, Edeltraut, em um apartamento e divide com ela até mesmo a velha cama de casal. Quando ele vai para o trabalho, Daniel chega e cuida da mulher, que sofre de demência. Um dia, Edeltraut tranca Daniel na sacada e desaparece. Juntos, Sven e Daniel procuram pela desaparecida. Isso bem que poderia ser o início de uma bela amizade, não sentisse Sven tão evidentes inclinações homossexuais – e não tivesse Daniel esposa e filho à sua espera. Desenvolve-se então, uma história de amor tragicômica. Seu final feliz não garante uma união, mas a emancipação de Sven.

A invisível (Die Unsichtbare)
Direção: Christian Schwochow, 113 min, 2011, drama
CI: 12 anos
Fine Lorenz, uma estudante de arte dramática, sonha com uma carreira nos palcos. Dada sua modéstia, ela teria poucas chances se não fosse o interesse de Karl Friedmann. Talvez seja exatamente isso o que atraiu a atenção do eminente diretor. Fine é uma folha em branco, maleável para representar um grande papel e disposta a alterar sua identidade também na vida, sacrificando sua própria personalidade. Quanto mais Fine se dispõe a incorporar o papel sob a pressão do diretor, mais arriscado se torna o jogo. A auto anulação leva a jovem atriz à beira de uma catástrofe.

Jack (Jack)
Direção: Edward Berger, 102 min, 2014, drama
CI: livre
Jack tem 10 anos e mora num internato. É o primeiro dia das férias, mas sua mãe não aparece para buscá-lo. Ela é mãe solteira, mas não dá conta de sua própria vida e da educação de Jack e de seu irmão mais novo. Ele vai para casa sozinho. Sobra para Jack pegar o irmão na casa da amiga da mãe e começar a procurá-la pela cidade. No rastro dela, eles passam pelas casas dos amigos da mãe, que têm palavras carinhosas para as crianças, mas não têm capacidade de apoiá-los. Jack, com seus 10 anos, parece o personagem mais maduro do filme.

Love Steaks (Love Steaks)
Direção Jakob Lass, 89 min, 2013, comédia dramática
CI: 12 anos
Um hotel de luxo. Bifes estão sendo fritos. “Pneuzinhos” das cinturas estão sendo massageados. O novato Clemens (carne tenra) chega a um spa. Lara (no ponto) tem de se impor à brigada da cozinha. O elevador une os dois. Ambos se desgastam até o atrito. Atritam-se para inflamar. Inflamam-se para queimar. Cena por cena, a história se transforma em uma grande paixão, uma história dura e ao mesmo tempo terna, na qual um depende do outro, porque um basicamente tira sua força do outro, o que obviamente provoca muitas faíscas: uma combinação de comédia screwball, pastelão e melodrama.

Corra se puder (Renn, wenn du kannst)
Direção: Dietrich Brüggemann, 112 min, 2009/10, drama
CI: 12 anos
Ben e Christian estão apaixonados pela mesma mulher. Ben anda de cadeira de rodas e Christian está prestando o serviço comunitário como acompanhante de Ben. Eles conhecem a violoncelista Annika, que está completamente sobrecarregada com seus estudos de música. Um triângulo amoroso contado com diálogos engraçados e absurdos, além de uma boa porção de humor negro. Cinema inteligente que toca o coração.

Serviço: Achtung! Filmes de Berlim
Data: 26 a 31 de maio (terça a domingo)
Local: Cine Brasília (EQS 106/107 – Asa Sul)
Informações: (61) 3244-1660
Horário e classificações indicativas: Consultar programação
Acesso para pessoas com deficiência


Fonte: Cine Brasília








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