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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Entrevista Destak Jornal DF Dep. Celina Leão

'Tudo que for bom para Brasília será votado'


Eleita para o segundo mandato com 12.670 votos, Celina foi
secretária da juventude entre 2005 e 2006 
Principal opositora de Agnelo Queiroz (PT) na Câmara Legislativa, a distrital Celina Leão (PDT) estará pelos próximos dois anos à frente da Casa com a bênção do novo chefe do Executivo, Rodrigo Rollemberg (PSB). Ex-chefe de gabinete de Jaqueline Roriz na Câmara Legislativa (2007 a 2009), a parlamentar nascida em Goiânia conta, em entrevista exclusiva ao , como será sua gestão no posto máximo do legislativo local.
Qual a será a marca da sua gestão à frente da Câmara Legislativa do DF?
Quero mostrar à população a necessidade da Câmara Legislativa e o que os parlamentares fazem. A ideia é aproximar o cidadão da Casa. O parlamento é um poder de representatividade, que deve escutar a população, levar reivindicações, preparar leis e honrar a população. Acredito que a nova gestão, além de deixar uma marca de transparência e eficácia, tem como mostrar que pode fazer um bom trabalho.
Essa imagem da Casa não foi construída antes?
A Câmara vem num processo de construção, mas agora é o momento de estar próximo da população e criar mecanismos para as pessoas estarem mais próximas dos deputados. Nosso trabalho legislativo é intenso e muitas vezes a população não acompanha. Vamos trazer de volta a TV Distrital para popularizar as ações da Casa. Queremos melhorar o processo de transparência e participação popular. A ideia é criar um painel para a população dar sua opinião sobre os projetos mais importantes da Câmara. Na primeira semana de fevereiro os distritais vão até a rodoviária do Plano Piloto para ouvir a população. Em seguida vamos fazer um cronograma de cidades que serão visitadas.
Qual a prioridade para o primeiro ano na presidência?
Aproximar a população da Câmara Distrital e foco na gestão com transparência. A ideia é acelerar o processo de transparência na votação, disponibilizar o que será votado no portal da Casa. Desde o ano passado as emendas já estão no site.
A Casa estará mais independente do Buriti?
Com certeza. São poderes independentes. A Casa estará aberta para tudo que for bom para Brasília. Vamos discutir com o Executivo, e o governo respeita isso.
Qual a sua expectativa em relação ao governo de Rodrigo Rollemberg (PSB)?
Espero muito trabalho, afinco e responsabilidade. Que ele consiga tirar o DF da crise.
Como está a relação dos distritais com o governo?
A relação é harmônica, recompondo a base. O governador deve trazer mais deputados que têm interesse em participar da base. Até com a oposição ele tem dialogado. Acho que tudo que for bom para Brasília será votado.
No primeiro mandato a senhora foi opositora de Agnelo Queiroz (PT). Agora está na base. O que muda?
Muda apenas o papel institucional. Eu era oposição e agora faço parte de um projeto. Sempre tive muita coerência política. Fiz parte de um grupo que perdeu a eleição passada e eu fiquei na oposição quatro anos. Desde início da candidatura do governador, participo do grupo e estou fazendo parte do projeto que ganhou a eleição. Só mudam os papéis. Hoje estou na base e sou presidente de uma instituição que tem de ter independência do Executivo, dialogando com os 23 deputados distritais, comandando o segundo maior poder da cidade. Também terei meus momentos de deputada e meu momento como presidente da Casa
A LUOS e o PPCUB serão votados ainda este ano?
Não sei se o governador deve retirar os projetos da Casa. Vamos discutir mais. Acho que eu e o governo precisamos realizar audiências públicas com pessoas técnicas para dar explicações sobre os dois projetos e não apenas cumprir protocolo. Esse mecanismo deve ser melhorado e depois trazer para votação de acordo com a vontade das pessoas
A atuação como chefe de gabinete da deputada Jaqueline Roriz contribuiu para a sua gestão como parlamentar?
Todas as minhas experiências foram importantes para o acúmulo de bagagem.
Sente-se constrangida por ter atuado com uma deputada ficha suja?
De jeito nenhum. A Jaqueline tem a história dela e eu tenho a minha. Construi minha história com muita luta, fazendo oposição sozinha. Fiz uma inversão de partido no meio do meu mandato e hoje sou a deputada Celina. Tenho orgulho de tudo que fiz na vida. Não fiz nada de errado.
Como avalia os parlamentares eleitos no último pleito?
Estamos melhorando o processo legislativo e a qualidade dos deputados com a participação da população. O eleitor está tão descrente que às vezes vota de acordo com as placas que vê. Vi eleitor pegando santinho no chão para votar. Aí eu penso: pôxa, o deputado enfrenta o governo, denuncia corrupção e o eleitor vota conforme o santinho que achou no chão. É uma frustração, mas é o jogo político.

Fonte: Jornal Destak DF

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