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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Celina Leão contesta decreto que torna obra do Centro Administrativo, de interesse público


A deputada Celina Leão (PDT) protocolou representação no Ministério Público - MPDFT e no Tribunal de Contas do Distrito Federal – TCDF pedindo a suspensão de um decreto do governador Agnelo Queiroz, que torna as obras do novo Centro Administrativo como de utilidade pública, com o objetivo de não cumprir algumas exigências, que podem prolongar a entrega da obra. Caso haja a antecipação da entrega da obra, o próximo governo ficará cerca de um ano sem poder utilizar o complexo, até que as exigências legais sejam cumpridas.

“É um desvio de finalidade para antecipar a entrega de uma obra cujo consórcio vai receber quase R$ 18 milhões mensais e para isso, parece que vale tudo, como ignorar o Relatório de Impacto de Trânsito, que determina a construção de um viaduto e vias auxiliares, mas para o governo não há tempo a perder e a palavra de ordem é atropelar todos os tramites legais”, considera a deputada.

As obras do centro Administrativo feitas por um Consórcio em Parceria Público Privada (PPP), estão em fase final, restando, de acordo com parecer jurídico da procuradoria, cerca de 10% para sua total conclusão. A tentativa do governo é de antecipar o recebimento das instalações, o que implica também em antecipar o início dos pagamentos ao consórcio em cerca de R$ 18 milhões mensais durante 22 anos.

O Relatório de Impacto de Trânsito – RIT, enumera 19 exigências a serem cumpridas, como obras de duplicação das vias de acesso, um viaduto e vias auxiliares, o não cumprimento das determinações impedem legalmente a emissão a carta de habite-se. Por isso o governador decretou as obras como de utilidade pública, para pular estas fases e receber um Centro Administrativo inacabado e sem móveis deixando o ônus dos pagamentos retroativos para o próximo governo.

Para Celina Leão a pior tentativa do governo, negada pela procuradoria, foi pedir que os pagamentos já iniciassem com os pagamentos retroativos a junho quando a obra deveria ter sido entregue.

“É um atestado de incompetência assumir que as obras não estão prontas por falta de gestão e quem eles querem que pague a conta da ineficiência é o futuro governo”, lamenta Celina.

Celina Leão entregou pessoalmente a representação ao procurador-geral de Justiça do DF e Territórios Leonardo Bessa

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