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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Esplanada com Leandro Mazzini


Derrotado, PT freia metrô de Salvador
Um episódio palaciano, envolvendo a presidente Dilma e um grande empreiteiro, revela como o PT barra as obras do metrô de Salvador após o resultado da eleição em que saiu derrotado na capital. O empresário César da Matta Pires, da OAS, fez estudo com linha ligando o aeroporto aos principais bairros. Como o bilhete ficaria R$ 6 (muito caro), procurou a presidente e o governador Jaques Wagner para tentar Parceria Público-Privada. Tudo ok, a OAS financiou o candidato Nelson Pelegrino como condicionante para o projeto sair. Como ele perdeu, Dilma e Wagner vetaram.

Fora dos trilhos
Com a vitória de ACM Neto, do DEM, rival ferrenho dos petistas, o PT desistiu do projeto e Matta Pires ficou na mão. Detalhe: o metrô não entra nos trilhos há décadas, desde o reinado ACM.  

Vagão a R$ 3...
Matta Pires não desistiu e tenta diretamente com a presidente, sem passar pelo governo de Salvador, uma solução. Com PPP, o bilhete do metrô sairia a R$ 3.

...Desgovernado
Mas para o projeto sair, é o governo Wagner quem teria de subsidiar os outros R$ 3. Como nada avançou, o PT já deu recado de quer o projeto para ACM Neto faturar como prefeito.

Passeio completo
Uma prática de turismo político cada vez mais comum: Os deputados estaduais de todo o País têm viajado, com direito a acompanhantes e dinheiro das Assembleias, para eventos promovidos pela Unale – União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais. Na última excursão, deputados mineiros foram para o México no feriadão de finados. 

Bancada dos Curiosos
Os deputados também deram de penetras em evento nos Estados Unidos, onde republicanos e democratas discutiam o futuro norte-americano. Como a Conferência Nacional dos Legislativos (dos EUA) era aberta, a Unale cadastrou algumas excelências para o passeio em Chicago, de 6 a 9 de Agosto.  

Sarney eterno
Um servidor do Congresso que promove “série de entrevistas históricas com o presidente José Sarney”, na TV Senado, pediu colaboração do povo via internet e teve de driblar constrangimentos, como ser ele todo-poderoso e o Maranhão o estado mais pobre do País, pergunta de Tonicesa Badu.

Caixa
A Associação dos Servidores da Fazenda (Assefaz) nega crise, fala em perdas pontuais e sazonais de caixa, mas pode chegar a R$ 15 milhões o rombo nas contas deste ano.

Primavera-verão
Apesar das chuvas que atingiram várias regiões do País nos dois feriadões deste mês, o tempo secou no Sul e a umidade relativa do ar continuou baixa em 20 grandes cidades.

Roleta e divã
Os cassinos da África do Sul criaram o Centro de Apoio aos Jogadores, para tratamento de ludopatas (os viciados), dentro dos próprios estabelecimentos. Já os defensores dos cassinos alegam que os viciados são muito poucos, e o governo lucra com impostos.

Combate ao câncer
O Instituto do Câncer Dr. Arnaldo, que atenderá 100% pelo SUS, pleiteia junto aos 70 deputados da bancada paulista em Brasília emendas para comprar equipamentos de ressonância magnética e acelerador linear para radioterapia. O próprio patriarca do hospital fez o périplo. 

Jefferson, de novo
O governo federal (não se descarta sua polícia) mira o setor de seguros e resseguros no Brasil. O alvo pode ser a Susep. Por acaso, o único órgão onde Roberto Jefferson (PTB) apadrinhou diretores. Jefferson foi delator – e não menos culpado – do esquema do mensalão.

Guerra...  
Mais próximo político do ex-presidente Lula, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) desabafou dia desses: “Em pleno governo do PT tivemos um Engavetador Geral da República. Com uma diferença, que foi para beneficiar os tucanos”. 

...dos Mensalões
Devanir fala do ex-chefe do MP Antonio Fernando de Souza, que denunciou os mensaleiros mas, segundo o petista, fez vista grossa para o suposto mensalão tucano em Minas, “com 79 envolvidos”.

Índio quer fazenda
Índios de todo o País estão acampando em Brasília. Pressionam o Ministério da Justiça a publicar a Portaria 303, que define novas regras para desapropriar fazendas para a criação de reservas. 

Ponto Final
A CEB, além de colocar seus funcionários em risco, mete a faca no consumidor. Cobrou R$ 7 de taxa de iluminação este mês nas contas. Apesar dos apagões.

Fonte: Jornal de Brasília

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