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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Deputada Celina Leão quer contratação de médicos no DF

16:02:01


Deputada distrital Celina Leão (PMN) (foto: Google Imagens)

A presidente da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, deputada distrital Celina Leão (PMN), esteve ontem (11) pela manhã visitando o Hospital Regional de Sobradinho (HRS) onde encontrou uma situação preocupante. Além da falta de médicos, muitos equipamentos estavam quebrados e os pacientes enfrentando longa fila para conseguir atendimento. Na manhã de hoje (12), Celina também visitou o Hospital Regional de Samambaia (HRSAN) e a UPA da cidade. O maior problema encontrado pela parlamentar foi a falta de profissionais para atender à população. Celina prometeu cobrar as contratações do Governo do Distrito Federal (GDF).



Em Sobradinho, a fila para atendimento era grande. Segundo Celina, só após a sua presença no hospital foi que providenciaram mais atendentes na recepção da unidade. “Quando chegamos era apenas uma pessoa para fazer o atendimento inicial. Muita gente passando mal, morrendo de dor. Um descaso total do governo com a vida do cidadão do DF”, ressaltou a deputada. Foi preciso a interseção da parlamentar para o atendimento de uma grávida de nove meses que não conseguia atendimento.



Durante visita à unidade, a deputada constatou a falta de macas para os doentes. No entanto, na administração do hospital, a presidente da comissão encontrou dezenas de macas, ainda embaladas, sem uso. “Enquanto as pessoas ficam internadas no chão, 40 macas, 40 cadeiras de rodas e colchões ficam estocados sem uso”, criticou Celina. Na nefrologia, uma das áreas mais precárias do Hospital de Sobradinho, dos 21 aparelhos existentes para hemodiálise, seis estão quebrados e outros quatro em péssimas condições de uso. Cada aparelho atende cerca de quatro pacientes por dia.



A diretoria do hospital admitiu a falta de médicos na unidade. Clínico geral é a especialidade com maior demanda, mas apenas um médico atendia no local durante a manhã de ontem. Segundo relatos dos próprios funcionários e de pacientes, todos os dias é a mesma coisa: os médicos – que já são poucos – não aparecem, prejudicando o atendimento à população.



No Hospital de Samambaia, embora a demanda seja menor que a de Sobradinho, a falta de médicos também foi motivo de reclamação do diretor da unidade, Manoel Fontes. “Os profissionais ganham pouco, têm péssimas condições de trabalho e muitos nem aparecem ou não cumprem horário. Isso prejudica muito o andamento do hospital”, explicou. Celina ressaltou que embora seja oposição ao governo, tem votado em favor de todos os projetos referentes à Saúde enviados do executivo à Câmara Legislativa. “Aprovamos o pacote da saúde que o governo pediu com o argumento que contrataria mais profissionais e sanaria esse problema. Vou cobrar agilidade para que não tenhamos que aumentar o sofrimento das pessoas e ainda perder vidas para que o governo possa agir”, disse a distrital.



Na UPA de Samambaia, muita procura, aglomeração de pessoas em busca de atendimento e, mais uma vez, falta de médicos. Uma senhora chorava na porta da unidade à espera de um clínico. A espera já durava cerca de seis horas e até o final da visita – que durou cerca de uma hora -, ainda não havia acontecido. “A estrutura é até boa, mas o que tem de estrutura falta de médico”, constatou Celina. “Não vou admitir mais demora. O GDF vai ter que agir rápido. A situação está caótica”, completou.



Em obras – No Hospital de Samambaia, a Comissão de Direitos Humanos encontrou a unidade em obras. Segundo o diretor do hospital, um contrato assinado desde 2009 esperava a gestão do hospital para que a obra acontecesse. “Há dois anos o governo autorizou obra aqui e ninguém fez. Isso é má vontade, é descaso com a vida das pessoas, é inadmissível, é crime”, advertiu a deputada. A reforma no HRSAN está prevista para terminar no final do mês de abril.


Fonte: CLDF

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